quarta-feira, 11 de julho de 2007

Futebol é futebol


Eu não pude resistir. Há coisas nessa vida que são mais fortes que nós. Inclua ai nossas pernas e os nossos ímpetos, que por vezes são o que há de mais humano em nossas almas. Mais fortes que nós são também as nossas inclinações; e dentre essas, a que mais me compele a deitar aqui essas linhas é o futebol. Por outras vezes, contive-me a duras penas e resisti bem. Mas agora, como podeis ver, cedi a esse ímpeto e estou aqui. Dar-me-ei agora o aval e tomarei, por empréstimo, o ofício que é mais conhecido sob as palavras de Sócrates.
Falar sobre futebol é sempre complicado, principalmente quando consideramos o seu aspécto geral, os diferentes gostos e a capacidade desse esporte de unir os seres humanos, como não poderia ser sua outra função; a sua finalidade, em última análise: A diversão. Mas se formos um pouco mais indutivos, deixarmos um pouco de lado aqueles espinhos subjetivos de pura conotação antitética e buscarmos os verdadeiros fatos por detrás da realidade, terminaremos isso aqui num piscar de olhos. Deixe-me adiantar-lhe a labuta, leitora.
A questão é: o que há de destoar no futebol? O futebol em si, que dispensa outras denotações, ou o bom toque de bola, ou a qualidade técnica do jogador Fulano, ou a predileção do treinador Cicrano pelo esquema tático?
Antes de tudo, tenho que deixar claro que não há contradição evidente entre as alternativas. Absolutamente. Podemos ter um jogo com uma qualidade excelente de toque de bola e com a presença de diversas estrelas individuais - cuja função em campo é atrair a atenção do público com piruetas bem acabadas, da silueta à bainha -, sem que o futebol seja preterido.
Citando o inevitável e inevitado exemplo da seleção brasileira e sua experiência atual na Copa América e valendo-me de deduções práticas, leitora, tentarei agora explanar a real razão que me fez sentar-me ao computador, hoje.
O incremento de eficiência que a seleção recebeu com a saída de Anderson e Diego e a entrada de Júlio Batista é incoparável. Não se trata de qualidade técnica, de condição física ou simpatia pelo melindre de um futebol açucarado, como gostam alguns. Trata-se de futebol.
Não raro, ouvimos coisas da estirpe:
- A seleção argentina consegue ficar mais de dez minutos consecutivos com a posse de bola!
- Messi é um craque nato. Consegue driblar quantos adversários quiser e ainda faz gol de mão!
- O futebol espanhol é o melhor. É o mais cadenciado e tem mais brasileiros.
Comentários como esses são freqüentes e não mudam de freqüencia em nossos ouvidos. Quem perde com isso é o futebol. Não há que analisar esses detalhes que compõem o esporte e pô-los acima deste como Tétis para Adamastor, ou como o Fenômeno para Galvão. Afinal futebol é futebol e baitola é baitola.

5 comentários:

Marcelo Mendonça disse...

Não tenho tempo para um comentário mais elaborado agora, mas fico devendo para depois.

Por hora, basta-me enfatizar o coro que exalta e qualidade atualmente superior do futebol argentino. Dá-me pena não vê-los premiados com títulos, muitas vezes por culpa de técnicos retranqueiros, como na copa passada. Temo que essa brilhante geração argentina fique marcada - assim como o Brasil de 82 - pelo que poderia ter sido mas não foi. Desejo profundamente que isso não ocorra, para o bem do bom futebol, assim como desejo que o Brasil (de hoje) se foda.

Anônimo disse...

amanha!grande final!a superioridade argentina irá ser comprovada...

ARGENTINA 2x1 BRASIL
* 38' - tevez
* 55' - messi(com assitencia de riquelme)
* 60' - robson

Ps:
'Galvao meu pau na sua mao!'
uuahweuaheuhauehauehauheauheauea

Anônimo disse...

o cara que escreveu isso não entende nada de futebol.. acho que com essas palavras ele poderia descrever de forma linda até o banheiro de sua casa.. porém o que priorizo em um texto é o conteúdo, não a estética.

Jorge (Marraus) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge (Marraus) disse...

Anônimo, Que Faça-nos tua revelação!